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domingo, 28 de março de 2010

Rio!

Nossa... eu passei o final de semana todo adiantando os trabalhos da facul. Nesse período a matéria que eu mais gosto é Geo do Rio de Janeiro. Eu sempre soube que não conheço o estado, tampouco a cidade, que moro... mas não sabia que era tanto assim.




Garoto de Ipanema

Antonio Carlos Brasileiro Jobim foi um dos maiores compositores brasileiros. Considerado um dos criadores da Bossa Nova, ao lado de João Gilberto e Vinícius de Moraes, nasceu na Tijuca, em 1927, e mudou-se ainda pequeno para Ipanema, onde foi criado. É autor de uma das canções mais famosas do mundo, Garota de Ipanema, escrita em parceria com Vinícius de Moraes em 1963, além de centenas de canções imortalizadas por intérpretes como Elis Regina e Miúcha, entre outros. Tom Jobim faleceu em 1994, em Nova York.

Na música, Samba do Avião, Jobim descreve a chegada por via aérea à sua amada cidade e canta aspectos de sua paisagem natural e humana. Confira a letra da música:

Minha alma canta,

Vejo o Rio de Janeiro,

Estou morrendo de saudade.

Rio, teu mar, praias sem fim,

Rio, você foi feito pra mim.

Cristo Redentor, Braços abertos sobre a Guanabara.

Este samba é só porque, Rio, eu gosto de você,

A morena vai sambar, Seu corpo todo balançar.

Rio de sol, de céu, de mar,

Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão

Este samba é só porque,

Rio, eu gosto de você,

A morena vai sambar,

Seu corpo todo balançar.

Aperte o cinto, vamos chegar,

Água brilhando, olha a pista chegando,

E vamos nós.







http://www.youtube.com/watch?v=aK-k0SstIJQ&feature=player_embedded

domingo, 14 de março de 2010

Em cólera...

Amanheci em cólera. Não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece. E nem ao menos posso fazer o que uma menina semiparalítica fez em vingança: quebrar um jarro. Não sou semiparalítica. Embora alguma coisa em mim diga que somos todos semiparalíticos. E morre-se, sem ao menos uma explicação. E o pior – vive-se, sem ao menos uma explicação. E ter empregadas, chamemo-las de uma vez criadas, é uma ofensa à humanidade. E ter a obrigação de ser o que se chama de apresentável me irrita. Por que não posso andar em trapos, como homens que às vezes vejo na rua com barba até o peito e uma bíblia na mão, esses deuses que fizeram da loucura um meio de entender? E por que, só porque eu escrevei, pensam que tenho que continuar a escrever? Avisei a meus filhos que amanheci em cólera, que eles não ligassem. Mas eu quero ligar. Quereria fazer alguma coisa definitiva que rebentasse com o tendão tenso que sustenta meu coração.

E os que desistem? Conheço uma mulher que desistiu. E vive razoavelmente bem: o sistema que arranjou para viver é ocupar-se. Nenhuma ocupação lhe agrada. Nada do que eu já fiz me agrada. E o que eu fiz com amor estraçalhou-se. Nem amar eu sabia, nem amar eu sabia. E criaram o Dia dos Analfabetos. Só li a manchete, recusei-me a ler o texto. Recuso-me a ler o texto do mundo, as manchetes já me deixam em cólera. E comemora-se muito. E guerreia-se o tempo todo. Todo um mundo de semiparalíticos. E espera-se inutilmente o milagre. E quem não espera o milagre está ainda pior, ainda mais jarros precisaria quebrar. E as igrejas estão cheias dos que temem a cólera de Deus. E dos que pedem a graça, que seria o contrário da cólera.

Não, não tenho pena dos que morrem de fome. A ira é o que me toma. E acho certo roubar para comer. – Acabo de ser interrompida pelo telefonema de uma moça chamada Teresa que ficou muito contente de eu me lembrar dela. lembro-me: era uma desconhecida, que um dia apareceu no hospital, durante os quase três meses onde passei para me salvar do incêndio. Ela se sentara, ficara um pouco calada, falara um pouco. Depois fora embora. E agora me telefonou para ser franca: que eu não escreva no jornal nada de crônicas ou coisa parecida. Que ela e muitos querem que eu seja eu própria, mesmo que remunerada para isso. que muitos têm acesso a meus livros e que me querem como sou no jornal mesmo. Eu disse que sim, em parte porque também gostaria que fosse sim, em parte para mostrar a Teresa, que não me parece semiparalítica, que ainda se pode dizer sim.

Sim, meu Deus. Que se possa dizer sim. No entanto neste mesmo momento alguma coisa estranha aconteceu. Estou escrevendo de manhã e o tempo de repente escureceu de tal forma que foi preciso acender as luzes. e outro telefonema veio: de uma amiga perguntando-me espantada se aqui também tinha escurecido. Sim, aqui é noite escura às dez horas da manhã. É a ira de Deus. E se essa escuridão se transformar em chuva, que volte o dilúvio, mas sem a arca, nós que não soubemos fazer um mundo onde viver e não sabemos na nossa paralisia como viver. Porque se não voltar o dilúvio, voltarão Sodoma e Gomorra, que era a solução. Por que deixar entrar na arca um par de cada espécie? Pelo menos o par humano não tem dado senão filhos, mas não a outra vida, aquela que, não existindo, me fez amanhecer em cólera.

Teresa, quando você me visitou no hospital, viu-me toda enfaixada e imobilizada. Hoje você me veria mais imobilizada ainda. Hoje sou a paralítica e a muda. E se tento falar, sai um rugido de tristeza. Então não é cólera apenas? Não, é tristeza também.

Clarice Lispector.

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Sim, hoje estou triste.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Amor só é amor quando é recíproco?

Conversando com os meus amigos, tanto do sexo feminino e masculino, sobre relacionamentos, pseudo – relacionamentos, desilusões e afins, fez crescer em mim a vontade de escrever sobre isso.

Bem, é engraçado como as mulheres só “amam” os caras que as ignoram. E desprezam todos os outros que podem dar tudo o que elas idealizam, o que pode ser o príncipe perfeito, pelo simples fato dele ser fácil demais . Assim acontece com os homens... Desprezam as que gostam deles de verdade, pra correr atrás de outra que não está nem aí. Ou às vezes nem desprezam, e as usam a hora que quer... A mesma coisa com a mulher, que usam os homens como muleta emocional para a frustração de não estar com quem realmente deseja. Aquele velho ditado: Não tem tu, vai tu mesmo!

Como se fosse um círculo vicioso, pq a pessoa mais difícil pra uma pode ser a mais dispensável pra outra.

Não sei o pq fazer isso. Todo mundo sabe que isso não adianta em nada!

Sei que às vezes nós chegamos a um nível de extrema carência e acabamos nos deixando levar. Queremos tapar os buracos que a pessoa deixou. E além do mais, quem não gosta de se sentir desejado?

Porém isso não soluciona nada. Leve sempre o lema: Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você.

Seria ótimo se o cupido só nos fizesse apaixonar por quem pode sentir o mesmo. Ou se tivesse uma regra: Só se apaixone se tiver certeza que haverá reciprocidade!

Nossa! Seria perfeito, não?

Mas infelizmente não é assim. Na adolescência passamos por diversos tipos de paixões, e vamos nos apaixonar sempre. Não tem limites pra isso, e você não está imune de se apaixonar nem sendo a pessoa mais experiente de mundo, rs.

Sempre penso nas diferenças entre amor X paixão.

Além disso, me perguntava: Amor só é amor quando é recíproco?

Acho que não. Embora seja muito mais fácil, não menos doloroso, ter um amor platônico ou não correspondido do que ter um relacionamento. Relacionamento exige paciência, equilíbrio, calma, pq se não houver isso, desgasta.

Vou confessar que nada muito calmo e suave me atrai numa relação. Gosto de coisas intensas, que queimem (ui), rs. Mas sei que aquele amor recíproco, sereno e com sabor de fruta mordida só vem à prestação. A suaves prestações...

Eu sempre fui difícil pra me apaixonar, mas todas às vezes eu lutei por aquilo que sentia. Não vou dizer que foi fácil, em vários casos saí ferida e frustrada. E o que eu posso dizer a quem está passando por isso é... que nas horas que eu pensava mais em mim, nas outras coisas importantes na minha vida, e esquecia por um momento minha frustração e seguia em frente, focando para outra coisa, eu me sentia beem melhor.

Mas tente separar o emocional do racional, analise se aquela pessoa vale a pena pela a personalidade dela, e não pelos seus sentimentos em relação a ela. Se tiver certeza que vale, lute. Quem é orgulhoso demais, acaba apodrecendo na solidão e ficando com a personalidade azeda.

Se eu pudesse dar mais um conselho a essas pessoas, diria para se valorizarem, ninguém gosta do que vem fácil. E se achar uma pessoa que vale a pena e merece seus sentimentos, não economizem gentilezas. :)

Anyway, se amem, se aceitem, lutem, sofram. Acho que ninguém sabe o gostinho da felicidade se nunca passou por um sofrimento na vida.

Não tenham medo! Rs

Espero ter ajudado os leitores amigos, anônimos e não anônimos.

Até o próximo post!

Um abraço pro Léozin, Tiago, Jack, Carol e JB!

E um beijão pro Vinicius Ramos!



Eu estou: Doente

Eu quero: Vinicius Ramos NOW! Rs

Ouvindo: Livin’on a Prayer – Bon Jovi