About Me

quarta-feira, 6 de julho de 2011

The last song...

Eu estou numa fase de encerramento de ciclos e tomei a decisão de fechar esse blog. Possa ser que um dia, quem sabe, eu volte... Embora eu duvide muito. Eu tenho esse blog desde 2008, mas a minha impulsividade me fez apagar inúmeros post e só tenho registrado o ano de 2009 adiante.

Aqui tem a minha soberba, a minha ignorância, arrogância... A minha dor, tristeza, esperança. E as dores de amor... Ah, essas vão e voltam...

Esse blog ficará como registro do passado, a caixa preta. Alguns assuntos morreram para mim e não tem mais a mínima relevância. Assunto encerrado, seja ele mal resolvido ou não. Entretanto, alguns problemas continuam, mas mudei a forma de vivenciá-los e é isso que significa a mudança de ciclos.

Para deixar mais claro o motivo da minha deixa, uma vez escrevi no twitter que eu odeio ler o que escrevi há tempos. Sabe quando você lê o que escreveu - e lembra-se de como era a sua mente antes - e se acha patética? Pois é... Tem muita coisa patética aqui, mas é bom... Mostra o quanto eu aprendi e o quanto amadureci até agora. Provavelmente, continuo patética em um nível menor...rs E preciso de mais um tempo pra perceber isso... Na verdade, quando eu perceber as minhas falhas de hoje o tempo já terá me mudado. O tempo nos amadurece, isso é incontestável. Em contrapartida, às vezes, a mudança pode ser tão brusca a ponto de não nos reconhecermos se olharmos para trás. E passamos, até, a sentir saudades de nós mesmos em algumas especificidades. Ninguém quer ser perfeito, eu acredito. Mas insisto em afirmar que todos querem viver bem. Para alcançar o bem estar próprio e, conseqüentemente, fazer o bem às pessoas é preciso buscar nosso equilíbrio.

Dentre tantas coisas que aprendi, uma é que a tristeza só nos derruba se tivermos tempo para dar atenção a ela. Ultimamente eu não tenho nem tempo pra ser triste, ufa!

Qualquer sentimento ruim só toma conta da nossa vida se deixarmos e dedicarmos tempo para ele. O meu conselho é fazer alguma atividade criativa. Atualmente o trabalho que não me dá mais tempo nem para um suspiro, mas ainda tenho meus planos criativos. Aliás, um dos mais urgentes é voltar pro curso de inglês e o secundário é fazer um curso de fotografia.

Eu sou uma admiradora incondicional da arte apesar de não ter muitos talentos notáveis. Desenho e música (que são coisas que amo) eu deixei para posteridade...rs. Já a fotografia, toda vez que estou com tempo para sentimentos desagradáveis, eu dou umas clicadas. É uma terapia... rs Pra ser sincera, acho que realmente tenho o dom. Só falta mesmo o dinheiro pra investir nesse hobby, que, aliás, é muiiiito caro.

Provavelmente farei outro blog, eu amo escrever. Não que eu seja boa nisso, na verdade, me acho péssima, mas adoro abusar das palavras... A faculdade me obrigou a ler livros que fizeram ampliar o meu vocabulário, mas ainda estou em processo de aprendizado para escrever com maestria..rs Até porque uma das minhas vontades é fazer graduação de jornalismo, futuramente. Ah, prometo tentar fazer posts menos egocêntricos no meu futuro blog... Eu só espero ter tempo pra isso...rs

O meu projeto sempre foi buscar minhas realizações. Porém aprendi que viver, conhecer pessoas e lugares agrega muita coisa ao que somos, mas independente de tudo que nos tornemos, realização só vem de dentro pra fora.

E me despedindo à francesa, revoir!

"Naturalmente eu sou irritável, naturalmente meu humor não é brilhante, mas de um modo geral eu sou alegre." (Clarice Lispector)



Tudo aqui
Quer me revelar
Minha letra
Minha roupa
Meu paladar
O que eu não digo
O que eu afirmo
Onde eu gosto de ficar
Quando amanheço
Quando me esqueço
Quando morro de medo do mar...










Tudo aqui!
Quer me revelar
Unhas roídas
Ausências, visitas
Cores na sala de estar...








O que eu procuro
O que eu rejeito
O que eu nunca vou recusar
Tudo em mim quer me revelar...

Tudo em mim!
Quer me revelar
Meu grito, meu beijo
Meu jeito de desejar
O que me preocupa
O que me ajuda
O que eu escolho prá amar
Quando amanheço
Quando me esqueço...




Fotos que eu tirei na segunda-feira, do celular da minha mãe. Terríveis.

Sim, estou sem minha câmera. :(


terça-feira, 7 de junho de 2011

Time And Time Again

Lately you been on my mind
Been so long I don't know why
I guess some memories never fade


We were young and falling fast
We believed that love would last
Whatever happened to the plans we made?


I remember the day we met
How we laughed in the the rain
Some things you just can't forget
When you still feel the pain


Oh why, why did we let it go?
I guess I'll never know
How the story ends


Oh I, no matter what I do
I'll always think of you
Time and time again


You went your way, I went mine
Not really sure, what we would find
Funny how our lives have turned around


Thought I saw you on the screen
We were always chasing dreams
I hope that love never lets you down


There's so many years gone by
Way down the line
And I'm always by your side
Here in my mind


Oh why, why did we let it go?
I guess I'll never know
How the story ends



Oh I, I will remember you
And all that we've been through
Time and time again

Time And Time Again - Hughes Turner Project

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O mito da felicidade (Revista Época)

Não, eu não deveria estar online... Mas já que estou resolvi postar essa reportagem interessante sobre bem estar.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI236742-15228,00.html



PS: Enfim percebi o erro no título do blog (que já foi alterado)...rs

Tássia Alves: Cometendo gafes since 1989.

domingo, 5 de junho de 2011

Can I see your sweet sweet smile?

É meio clichê, mas realmente estou sem tempo pra escrever aqui. E mesmo se tivesse, até então não senti necessidade para desabafar algo e nada relevante passou pela minha mente. O mais contraditório disso tudo é que apesar da rotina atribulada, dos problemas cotidianos de sempre e do cansaço físico, o meu estado sentimental está tranqüilo, como se estivesse por um processo de repouso. E, honestamente, parafraseando Black Sabbath: It feels good to me.

Estar de bem consigo mesmo: nada vale mais que isso.


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Musiquinha da descrição do meu blog. Tudo tem a ver com “garotas vaqueiras”, “garotas do campo” eu curto... :)



"Old enough now to change your name

When so many love you, is it the same?"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Girl, You'll Be a Woman Soon...

Porque agora eu me permito a fazer certas coisas que sempre me poupei, acreditando numa suposta lei do retorno.

"E não há tempo que volte, amor... Vamos viver tudo o que há pra viver. Vamos nos permitir."

Esse trecho do Lulu Santos me veio à cabeça, pois é tudo isso que eu quero...

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Música que não tem nada a ver com o texto, mas eu adoro esse filme e a trilha sonora. Sem falar do meu amor platônico pelo John Travolta.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amor sem loucura não é amor. É bocejo.

(Rita Lee)


That's my philosophy.


No regrets about my choice.

domingo, 22 de maio de 2011

She's On Fire...

Eu precisava escrever com minhas próprias palavras o que eu estou sentindo ultimamente. Mas acho que mesmo se recorresse ao dicionário não teria nenhuma palavra que pudesse sintetizar isso. Dizer que esse foi um dos piores finais de semana da minha vida seria apenas uma prévia. E é fato de que eu não poderia continuar dessa maneira... Não sei o que fazer, mas se continuar inerte a essas situações serão novos finais de semana dedicados a tristezas, incertezas e confusões mentais. Ainda não sei, como tudo na vida, se estou fazendo o certo... Mas a única coisa que tenho certeza é que estou tentando evitar meu sofrimento, evitando, também, trazer perturbações a quem não quero.

Como eu sempre digo: lifes goes on.


Enquanto minha vida deu esse salto (pra baixo) e preciso consertar algumas coisas (incluindo minha cabeça), fiquem com a Scarface's soundtrack. Um ótimo filme com um dos atores que mais admiro. Al Pacino. (L)



Um dia tu vais compreender que não existe nem uma pessoa completamente má, nem uma pessoa completamente boa. Tu vais ver que todos nós somos completamente humanos. E sofrerás muito quando resolver dizer só aquilo que pensas e fazer só aquilo que gostas. Aí, sim, todos te virarão as costas e te acharão mau por não quereres entrar na ciranda deles.

Caio Fernando Abreu

Quem Sabe um Dia...

Quem Sabe um Dia

Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

Mário Quintana

Orhan Pamuk

Muitos acreditam que nenhum destino é determinado com antecedência, e que todas as histórias pessoais são essencialmente uma cadeia de coincidências. E, no entanto, mesmo os que assim pensam, muitas vezes chegam à conclusão, quando olham para trás, que acontecimentos vistos no passado como produto do acaso eram, na realidade, inevitáveis.

C. Guerra... Love is a battlefield.

Você não me sentia ao seu lado,

por mais que eu estivesse.


Eu sentia você ao meu lado – e agora vejo que não estava.


Dois sentimentos mentirosos.

O silêncio.

E o fim.


"Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz."

Charles Chaplin

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ninguém sabe quem eu realmente sou..
Eu nunca senti este vazio antes
E se eu em algum momento necessitar de alguém, que permaneça comigo
Quem irá me confortar, e me manter forte?

Nós estamos todos remando o barco do destino
As ondas ficam vindo em nossa direção e nós não podemos escapar
Mas se nós nos perdermos em nossos caminhos
As ondas irão guiá-lo através de um outro dia

Tendo apenas um suspiro distante,
parecendo ter crescido transparente
Embora eu pudesse ver na escuridão,
Apenas fui cegada

Ofereça suas preces
e espere por um dia novo
para chegar até aquela costa,
Onde o mar vívido brilha

Ninguém sabe quem eu realmente sou
Talvez eles apenas não liguem
Mas se eu em algum momento necessitar de alguém que permaneça comigo
Eu sei que você me seguiria, e manteria forte

Os corações das pessoas se movem,
Desejando estar livres
A lua acompanha outra vez o barco,
Em um enfoque novo...

E cada vez que eu vejo seu rosto,
Os oceanos transbordam do meu coração
Você me faz querer apressar os remos,

E em breve, eu poderei ver a costa!

Oh, Eu não posso ver a costa...
Quando verei a praia?

Eu quero que você saiba quem eu realmente sou!
Eu nunca pensei que me sentiria desta maneira com você...
E se você, de repente, necessitar de alguém que permaneça com você
Eu te seguirei, e te manterei forte

A viagem continua ainda,
Mesmo em dias calmos
A lua ilumina ainda o barco
em um enfoque novo

Ofereça suas preces
E espere por um dia novo
para chegar até aquela costa
Onde o mar vívido brilha

E cada vez que eu vejo seu rosto,
Os oceanos transbordam do meu coração
Você me faz querer apressar os remos
E logo eu posso ver a praia...

Continue remando no barco de fé!
Embora as ondas fluam para o futuro
e ameacem nos oprimir
esta viagem é também uma viagem maravilhosa!
Uma viagem maravilhosa em cada viagem...

Life is like a boat - Rie Fu


A coisa mais chata é quando você sai, mas tem que voltar cedo porque trabalha no sábado. Mas chato ainda é se divertir por fora.

Anyway, lifes goes on.


E música especial, me lembra uma fase em que eu era mais... Bem... Não interessa.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Eu posso escrever o que eu sinto e postar aqui, pra desabafar... Mas nada é mais profundo e verdadeiro quanto às coisas que eu escrevo só pra mim...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

É, sexta-feira 13, e eu poderia estar em algum lugar lá fora, mas o mundo está caindo em chuva. Jason Wins (piadinha boboca).

Eu deveria imprimir os artigos que minha quase orientadora me mandou, aliás, deveria ter feito isso desde segunda-feira. Melhorei da minha conjuntivite ontem, mas a preguiça ainda me domina. Rs...

Fiquei com vontade de escreve porque me lembrei de uma frase da Clarice: “Isso é um monstro ou isso é ser uma pessoa?”. É, isso me faz refletir sobre uma autopunição que não consigo evitar sobre alguns erros que já cometi. Acho que quase ninguém deve parar pra pensar sobre seus próprios erros “imperdoáveis”. Aqueles que nem fazem parte do passado, e sim do pretérito. São aqueles erros que ocorrem por acontecimentos em série e já não existem razões e motivações para sequer tentar corrigi-los. Mas que, de certa maneira, ficam na sua memória. Ficam na memória daqueles que se preocupam demais e sentem pelo que nem deveriam. Como já disse, é muito raro alguém vagando pelo centro da cidade se lembrar que pode ter magoado muito alguém, que pode ter errado feio, mesmo que essa não tenha sido sua intenção e ainda sim se sentir mal por isso. Porque é muito mais cômodo esquecer esse tipo de erro, parece que dá mais gás pra julgar, condenar e apontar dedos para as falhas alheias. Eu já escrevi uma vez aqui no blog que nosso senso de justiça, quando o assunto é pessoal, é interferido pelos próprios sentimentos, e, por isso, pode muito bem ser falho. E o tempo é o melhor professor da vida, e ele te mostra depois o que exatamente você fez de errado. Porém, existem casos que até se pudéssemos voltar no tempo, seriamos levados mais uma vez pelas emoções e cometeríamos erros iguais de maneiras diferentes. Ou simplesmente seguiríamos o caminho que acharmos certo, o que significa, algumas vezes, abandonar outros caminhos. Mesmo que não se arrependa da sua escolha, você se lembra, naturalmente e quase sem querer, que pode ter feito pessoas sofrerem com isso. Meu signo tem bastante nostalgia, mas sempre fui muito carpe diem nesse ponto e não me achava tão nostálgica como pessoas que já conheci. Agora eu reparei que eu me apego sim ao passado, mas eu me apego à pior parte dele. E isso ninguém vê. É uma coisa tão pessoal e tão in, que é imperceptível até pra quem me conhece de longa data. Uma amiga me falou que sou cheia de mistérios. É, sou mesmo. Isso me mata por dentro, porque eu penso em N possibilidades, penso como tudo poderia ser diferente e muita dor até agora poderia ter sido evitada. Tanto a dor que senti quanto a dor que já causei. Não, meu presente e minha vida atual não me fazem querer voltar. Estou melhor agora do que antes em muitos pontos. Tirei pesos e pessoas que se mostraram desnecessárias, e não me arrependo disso. Sabe, eu penso que só eu devo ser tomada por esse sentimento de “lamentação”. Quando eu sinto isso, eu sofro, de verdade. Porque eu sou entregue a alguns sentimentos e os sinto a flor da pele. Às vezes, distraidamente andando pela rua, esses pensamentos rondam a minha cabeça e eu penso: Nossa, só agora eu vejo o quanto posso ter magoado. O meu grande mau é que mesmo quando eu não me importo com os outros, até mesmo aqueles que são falsos ou de intenções duvidosas, eu me importo com eles (sei que é difícil entender, da mesma maneira que pode ser complicado seguir meu raciocínio). Eu tive uma criação tão bobinha que, às vezes, por alguns momentos, penso que tudo poderia ser como o mundo de Poliana. Até no fundo da minha mais profunda raiva, existe um alguém que lamenta por todas as batalhas sofridas e que parece gritar para os outros: “Nada poderia ser assim. Olha a que ponto tudo chegou?” Esse ponto me obriga a me trancafiar quando, na verdade, eu não queria. Faz com que eu tenha medo de fazer da minha vida um livro aberto. Isso é muito sufocante. Eu tenho a mania, mesmo não sendo uma das pessoas mais maleáveis que existem, de, no fundo, sempre tacar a culpa toda pra mim, de tudo. Sinto-me sobrecarregada porque devido a alguns fatores na juventude eu sempre quis evitar confusões e ser aceita. E quando alguém é assim se torna muito mais vulnerável a suposições alheias. Sinto medo do mundo, das pessoas e quando cai a ficha que posso ter causado a alguém algum tipo de sofrimento que outro alguém já me causou, fico me sentindo mal. Só quando, mais uma vez, me lembro dessa frase da Lispector, percebo que todos são assim, admitindo ou não. Existe um lado nosso que só nós mesmos conhecemos, e não adianta, por mais que você queria transparecer algo, existe uma verdade sobre você que ninguém sabe. Alguns se sentem mal por ela, até se lembrar que isso é ser o ser humano. Somos emotivamente egoístas em muitos pontos. Mas há aqueles que preferem esconder esse lado pessoal para continuar sua incessante luta em busca as falhas alheias para exaltar seu ego.

Isso tudo é só pra dizer: Sejamos complacentes (até com nós mesmos).


And be a simple kind of man. Be something you love and understand.”


Ah, lembrando, mais uma vez, que esse blog é só um espaço pra desabafo e devaneios. Não pretendo ser poeta, tampouco escritora. Não tenho o dom. A vontade de escrever vem e eu obedeço. É bom. Além de encontrar nesse espaço algumas coisas que leio, tanto na net quanto nos livros que eu baixo.

Bom, é isso. Fico por aqui, porque estou perdendo o filme Almost Famous, mais uma vez, com coisas que nem deveria escrever.


Miquinhos do Bosque da Barra da Tijuca - RJ

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O esquecimento freqüentemente é uma graça. Muito mais difícil que lembrar é esquecer. Fala-se de boa memória. Não se fala de bom esquecimento, como se esquecimento fosse apenas memória fraca. Não é não. Esquecimento é perdão, o alisamento do passado, igual ao que as ondas do mar fazem com a areia da praia, durante a noite...


Rubem Alves

Não haveria planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado. Se não fosse amor, não haveria desejo, nem o medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você. Se não fosse amor eu já teria desistido de nós.

Caio Fernando Abreu

Alguma coisa em mim — “amadurecimento” ou “encaretamento” ou até mesmo “desilusão” ou “emburrecimento” — simplesmente andou, entendeu?

Caio Fernando Abreu

Eu quero parar com tudo isso, ele é um menino que não pode acompanhar minha louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica, meio madura. Eu quero colocar um fim neste tormento de desejar tanto quem ainda tem tanto para desejar por aí.

Tati Bernardi

Então você está confusa com seus sentimentos. Ele apareceu tão de repente na sua vida, com aquele brilho manso no olhar, com aquela meiguice na voz, sem pedir coisa alguma, meio como um Pequeno Príncipe caído de um asteróide. A princípio você nada percebeu de diferente. O susto veio quando você se lembrou das palavras da raposa, explicando ao Pequeno Príncipe o que era ficar cativo: É assim. A princípio você senta lá e eu aqui. Depois a gente vai ficando cada vez mais perto. Os passos de todos os homens me fazem entrar dentro da minha toca. Mas os seus passos me fazem sair.

Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, 27 de abril de 2011

“Acho que, assim como a maior parte de nossas feridas tem origem em nossos relacionamentos, o mesmo acontece com as curas.”

Livro - A Cabana

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

Promessas de Casamento

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre. "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.

Martha Medeiros

A Bunda

Você é, e sempre foi, um peso na minha existência – cada papel que me fez passar... Diz-se sensível e profunda, mas está sempre voltada para aquilo que já aconteceu. Tenho vergonha de apresentar você às pessoas, sabia?
Por que você nunca encara as coisas de frente, bunda? Fica parecendo que, no fundo, tem algo a esconder. Por acaso, faz alguma coisa que ninguém pode saber? O que há por trás de todo esse silêncio?
Você diz que está dividida e que eu preciso ver os dois lados da questão. Ora, seja mais firme, deixe de balançar nas suas posições.
Longe de mim querer me meter na sua vida privada, mas a impressão que dá é que você não se enxerga. Porque está longe de ter nascido virada para a lua e costuma se comportar como se fosse o centro das atenções.
Bunda, você mora de fundos, num lugar abafado. Nunca sai para dar uma volta, nunca toma um sol, nunca respira um ar puro. Vive enfurnada, sem o mínimo contato com a natureza. O máximo que se permite é aparecer numa praia de vez em quando, toda branquela.
Não é de admirar que esteja sempre por baixo. Tentei levar você para fazer ginástica, querendo deixar você mais para cima, mas fingiu que não escutou.
Saiba que você não é mais aquela, diria até que anda meio caída. E vai ter que rebolar para mexer comigo, de novo, da maneira que mexia.
Lembro do tempo em que eu, desbundada, sonhava em ter um pouquinho mais de você. Agora, acho que o que temos já está de bom tamanho. E, pensando bem, é melhor pararmos por aqui antes que uma de nós acabe machucada.
Sei que qualquer coisinha deixa você balançada, então não vou expor suas duas faces em público. Mas fique sabendo que, se você aparecer, constrangendo-me diante de outras pessoas, levarei seu caso ao doutor Albuquerque*.
Lamento, isso dói mais em mim do que em você, mas você merece o chute que estou lhe dando. Duplamente decepcionada,

Fernanda Young.

terça-feira, 12 de abril de 2011

“Benditos sejas os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade. Porque amigo é a direção… É a base quando falta o chão.”

Machado de Assis.

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Primeiro: Acho que uma pessoa só pode namorar se o dito cujo (ou a dita cuja) tiver a aprovação dos amigos.

Segundo: Não serei hipócrita, namorar é sinônimo de mudança de rotina, mas não da anulação da individualidade e jamais a omissão para com os amigos.

Terceiro: Amor não é prisão.

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Essa sempre foi minha opinião, de longa data. Hoje eu fui a ponte de uma situação chata... Eu, tentando ponderar situações para duas pessoas, que são amigas, chegarem a um senso comum. Então, como tive essa experiência e sou uma pessoa de emoções vulneráveis, posso dizer que agora estou me sentindo estranha. Pois é uma situação delicada, onde é necessário muita diplomacia... Embora esse mesmo caso foi o que me motivou a escrever essas considerações acima. Mas fazendo um levantamento desde a minha ultima atualização, posso dizer que estou me sentindo bem, porém apreensiva. Daqui a alguns dias vou enfrentar um grande desafio, talvez o maior da minha vida, até agora. Isso dá um misto de medo e ansiedade. E eu espero ter forças fisicamente, mentalmente e psicologicamente. Daqui pra frente a vida será severa e muito exigente comigo, mas, com toda a certeza, renderá ótimos frutos. Apesar de me sentir um pouco assustada e despreparada, está na hora de enfrentar isso. Não foi, exatamente, o que eu sonhei. Aliás, nada na minha vida foi da maneira como eu queria (assim como na vida de muitas pessoas). E aprendi que existem coisas que não serão da maneira que idealizamos, e fica estagnado, esperando o seu sonho cair do céu não é uma boa alternativa. Os sonhos de alguns – como o meu – vem de uma maneira muito batalhada. São degraus. Não vou mentir dizendo que não poderia ser mais fácil. Eu tive propostas de “trabalho”, atualmente, em relação a um lado artístico, mas, como diz a minha vovó, quando a esmola é demais o santo desconfia. E eu ainda sou daquelas moças à moda antiga que coloca a sua dignidade acima de qualquer coisa, além de preservar – e muito – pela discrição. Recusei uma proposta semana passada, e decidi ir pelo caminho mais difícil... E quer saber? Acho bem mais válido assim. Ainda vale a pena ser uma garota de valor.

Então, quem tiver um carinho por mim, me mande mentalmente energias positivas.

Fora toda essa tensão, estou me sentindo bem e feliz. Mesmo que minha realidade seja de constantes turbilhões de problemas familiares, ainda sinto aquele bem estar e esperança, como se a música ‘Dont stop believin’ do Journey fosse um hino que toca mentalmente todos os dias quando acordo. Na maioria dos dias, acordo “mezzo” Poliana (Poliana, pra quem não conhece, é um livro de literatura infantil muito famoso, onde a protagonista é uma menina que sensibiliza a todos pelo otimismo, amor, bondade e pureza de sentimentos).

Mas fazendo uma observação... Percebi que, no geral, tenho a tendência em me expor mais em momentos tristes... Embora, quando eu era mais jovem e mais imatura, gostava de demonstrar uma felicidade que, às vezes, nem sentia, e eu nem lembro o porquê. Isso mudou faz tempo.

Ainda não entendi essa mudança contraditória, o motivo dessa facilidade em demonstrar, sem vergonha e orgulho, mas com muita simplicidade, minha tristeza aos olhos curiosos dos desconhecidos...

Sério... Eu sou uma pessoa tão estranha que não gosto de me abrir com os meus amigos-irmãos as minhas tristezas mais profundas... E só consigo fazer isso de maneira “non sense” aqui... E não por querer me expor, pois não gosto disso... Mas acho que é por pura esquisitice mesmo, não sei...

É preciso, contudo, acrescentar que as pessoas – no geral – acreditam mais quando uma pessoa se mostra triste do que quando exala a sua felicidade. Muitas vezes eu quis espalhar uma felicidade que não cabia em mim, e isso poderia – e ainda pode – parecer forçado. E não falo só de mim. Quantas vezes, quando vemos alguém muito feliz, nós achamos que isso pode ser forçado?? Há a possibilidade de ser verdadeiro ou falso, mas preferimos acreditar que é falso. Parece que nós nos acostumamos com a tristeza e monotonia. E eu acho isso mal, muito mal. E também há aqueles que não podem ver ninguém sendo feliz que exala a sua amargura, devido a falta de alegria que, às vezes, falta em sua própria vida. Ou por não consegui lidar com seus problemas. Temos nossos dias de mau humor sim, mas, apesar dos nossas atribulações, há muitas outras coisas que fazem a vida ter um gosto mais doce. E ninguém, eu digo ninguém mesmo, merece conviver com alguém amargurado. E tampouco, você merece estar amargurado. A vida é uma roda, tem seus momentos, seus altos e baixos. Está insatisfeito? Triste?? Saia com amigos, beba um vinho, tome um banho de mar, ligue o som e dance sozinho no seu quarto.

E quando ver alguém feliz, abra um sorriso, isso vai te fazer bem também.

E saindo, literalmente, à francesa:

C'est la vie... :)


“Se você souber olhar as coisas dum jeito mágico, tudo fica mais bonito." (Caio Fernando Abreu)

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. (…) As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração.

E o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. (…) Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos.

Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Fernando Pessoa

Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia, saberíamos.

Caio Fernando Abreu.

sábado, 2 de abril de 2011

Juro que não sei o que se passa na cabeça - se é que passa alguma coisa - da pessoa que arruma caso por coisas mínimas.

Será que algum tipo de carência ou é o ego implorando por atenção??

Anyway, os holofotes são pra quem merece e não para aqueles que buscam incessantemente.

Então, todo seu esforço é desnecessário e a vergonha alheia é única coisa que conseguirá.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Enquanto o meu último post exalava toda minha revolta quanto uma situação, esse aqui é só pra deixar registrado que o dia 27 e 28 de Março foram dois dos dias mais incríveis da minha vida. Nossos verdadeiros anjos nunca nos deixam. A vontade e a saudade que tenho, é fazer todo bem à ele. E quando chegar o tempo certo pra fazer isso, saberei. Independente das circunstâncias ou do que seremos ou não seremos um dia, sei que tudo de ruim será apagado. Anyway, lifes goes on. A gente deixa uma história guardada em um cômodo especial da casa, e deixa os outros cômodos abertos pra aqueles que merecem entrar. Mesmo assim, seu lugar em mim, é só seu.

Sobre o show do Maiden, meu colega Gustavo Pereira conta à vocês:

http://ostracismofuncional.blogspot.com/2011/03/um-show-manchado.html

http://ostracismofuncional.blogspot.com/2011/03/ate-quando.html

sábado, 26 de março de 2011

Eu não sei até quando vou agüentar. Porque agora tudo está piorando? Meu Deus, não faça que a convivência com essas pessoas me deixe iguais a eles. Esse é meu maior medo. Eu não quero ter nenhum resquício dela. Não quero. Espero que o que eu esteja suspeitando não seja verdade. Tô pensando em largar tudo, incluindo a faculdade. Arrumar um emprego que pague bem e sair daqui, levando a minha irmã. Não quero passar por isso de novo. E porque logo hoje? Num dia que achei que seria perfeito! Porque logo no final de semana que seria tão inesquecível tão positivamente? Porque logo na véspera do show do Maiden?? Coisa que aguardo por anos! Será que quando nasci fui marcada pra passar por esse tipo de coisa?? Porque TODOS evoluem menos ELA. Até que ponto isso vai chegar?? Acabou com todo meu animo, acabou com toda a minha ansiedade. Acabou com tudo! Espero que amanhã eu consiga esquecer um dos dias mais traumatizantes da minha vida.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Olha eu de novo. :D

Hoje acordei cedo pra resolver umas pendências, mas já cheguei e estou esperando dar a hora do dentista (aaain, sofrimeeeento) Não vou a facul hoje, então a noite será off.

Então, vamos blogar...

Quem me conhece de verdade, sabe que eu falo DEMAIS quando estou empolgada. Sou um tanto distraída e praticamente vivo no mundo da lua... Mas quando algo me chama atenção, independente do motivo (às vezes pode ser o mais idiota, acredite) eu observo minuciosamente.

Então... numa das raras vezes que entrei no Orkut (sim, estou na modinha de Facebook e Twitter ¬¬), eu vi a atualização do álbum de fotos de uma pessoa que viajou pra Londres. Era notável a mudança no jeito dela pelas descrições das fotos e até pelo próprio perfil. Mas o que me chamou atenção foi ver fotos dessa pessoa até com pombos londrinos. Só porque o pombo é londrino, ele não transmite doenças? O.o A pessoa nunca tiraria foto com um pombo da Cinelândia, por exemplo. E percebi como o povo brasileiro é besta (lembrando que há exceções). Pobre que vira rico, ou PSEUDO-ricos (esses são os piores) perdem o senso facilmente. Acho mais fácil você vê um pseudo elite tratando com nariz em pé uma vendedora, do que o verdadeiro representante da elite. E isso não é papo de graduanda em Geografia, tentando puxar brasa pro Socialismo. Eu sou de TOTAL acordo com o Capitalismo, mesmo ele sendo severo DEMAIS pra alguns.

Esse post será sucinto, pois não tem mistério. Sua nobreza não está nas suas viagens tampouco no seu dinheiro, está nas suas atitudes. Ter CLASSE é ser educado com todos, sem exceções. Ter CLASSE é tratar bem o dono de uma grande empresa e uma caixa do supermercado. Ter CLASSE é ajudar um mendigo dando um bom dia com um pacote de biscoitos. Ter CLASSE é ajudar, quando pode, alguém que precisa. É só isso.

Um beijo a todos os homens e mulheres de CLASSE. ;*



Foto: Princesa Diana (Divulgação)