About Me

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Agridoce

Então... Eu poderia gastar horas tentando me explicar, expor meu lado, admitir meus erros. Mas isso é inútil pra quem sabe como eu sou, sabe dos mecanismos.

Ninguém vai corresponder 100% das minhas expectativas, assim como não vou corresponder as 100% das expectativas de alguém. E com um tempo a gente aprende a lidar com a personalidade do outro. Só com bastante tempo e paciência aprendemos a deixar por menos os defeitos das pessoas que queremos conviver.

Como, por exemplo, depois de alguns anos, eu já conseguia lidar melhor com o seu jeito e algumas coisas suas que anteriormente me machucavam, já não fazia o mesmo efeito, por costume com os seus defeitos. O que antes me deixava cabisbaixa, já não tinha mais minha atenção, por entender que por mais que possamos mudar conforme o tempo, existem certas características pessoais que são imutáveis.

Eu posso ter feito (e ainda vou fazer) coisas erradas, ir por caminhos tortuosos, mas nesse momento eu me sinto bem, pois nunca deixei de ser eu mesma. Eu faço tudo com intensidade. E não, não é esse papo clichê de menina adolescente, quem me conhece sabe que não queria ser assim, mas está em mim... Eu demoro muito pra entregar a alguém, pra quando isso acontecer, a entrega for da maneira mais profunda e sincera possível.

Eu não me arrependo de nada, e por quê? Porque eu fiz de tudo. Errei muito, mas lutei, me desesperei e “sangrei” (faria isso mesmo se não cometesse nenhum erro) e fui ao limite do sentimento. Alguém sabe o que é isso? O limite do sentimento.

É assim que eu sou. Sou uma explosão incontrolável de sentimentos bons – e ruins. E eu nunca fiquei estática esperando alguém fazer algo que mereça essa entrega, desde o momento que você passou pelo meu “processo seletivo” você terá todo – e incondicional – afeto. Mas isso tem um preço, e quem acha que vale a pena pagar esse preço, provavelmente terá todo o meu coração pra sempre.

(E não vou falar das características que eu tenho que estão quase em extinção em pessoas, em especial nas mulheres, de hoje em dia).

Talvez eu não saiba amar de uma forma tranqüila. Talvez o amor não seja pro meu bico mesmo.

Toda vez que eu penso em amor, imagino velhinhos de mãos dadas numa praça. Mas quantas histórias esses velhinhos guardam consigo? Meus avós são casados há 50 anos, e a história deles nunca foi um mar de rosas.

Nós aprendemos que todos nós temos ônus e bônus. O que falta nas pessoas (eu incluída) é a aceitação ao outro.

Você sabe o que eu fiz, e porque eu fiz. E não, não estou querendo convencer você, nem ninguém.

Mas não vou me culpar, nem me crucificar por isso. Pois essa sou eu. Doce e amarga.

E não... Também não vou te culpar ou te crucificar por nada.

Sobre meu atual momento, a única coisa que posso dizer sobre meu estado de espírito é aceitação. Já não existe mais motivo e nem motivações pra uma revolução.

Pois... “Tudo passa, tudo passará e nada fica, nada ficará.”

Não é sempre assim?

Tássia Alves

'É muito difícil fazer sua cabeça e seu coração trabalharem juntos. No meu caso, eles não são nem amigos.' Woody Allen