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sábado, 1 de maio de 2010

Pra fazer você pensar...

Pra inicio de conversa, eu tenho uma teoria, rs. Acredito que organizamos as pessoas desconhecidas e conhecidas, em grupos na nossa mente. Grupos digamos... “positivos e negativos.” E encaixamos cada pessoa devido a vivência e a fatores como inspiração, admiração, afeto, raiva, negação, decepção, entre outros.

Falo de um modo geral, lembrando que tem as exceções.

Pq eu vou começar esse post com duas palavras que muita gente a-do-ra usar: falsidade e sinceridade.

E, mais uma vez observando, certas coisas na internet e no dia a dia, despertaram a vontade para escrever sobre esse assunto. Além da minha experiência, pq essas palavras já foram muito usadas por mim e por gente que já passou e que ficou na minha vida.

Quem na vida nunca disse a famosa frase clichê: “Sou sincero, odeio falsidade.”?

Sim, tem aqueles que são sinceros e realmente odeiam falsidade. Mas juro que quando não conheço a pessoa, não levo fé nenhuma quando escuto essa frase.

Mas sim, já usei muito essa frase várias vezes pra desabafar quando achava que alguém cometia injustiça comigo.

Mas quem nunca mentiu, ou teve que mentir? Quem nunca teve que ser "falso", não no sentido pejorativo, e sim no sentido de ter que engolir sapos e soltar aquele sorrinho amarelo quando não queria?

Acho que isso começa ir pro lado pejorativo, quando se torna o hábito, e quando a pessoa usa dessa falsidade/dissimulação pra conseguir o que quer pisando nos outros e não por seus próprios méritos. Também quando isso está nítido e você tem provas dessa falsidade descarada. E quando passam a mentir compulsivamente, não só para os outros, mas também mentir sobre a própria vida. E tem algumas pessoas que eu adoro, mas não sei pq que são assim. Mentir se tornou um hábito e é frustrante quando você não consegue ajudar.

Mas aquele tipo: “Eu sou sincera doa a quem doer”. Pra mim é mais vontade de chamar a atenção. Isso já aconteceu comigo. Me revoltar com coisas que poderiam ser relevadas. Defender, me intrometer, ser mal educada em nome da “verdade”, “sinceridade”. Ainda bem que essa fase de arrumar briguinhas em nome da “verdade” que nem me dizia respeito, passou. O que não significa que eu não seja sincera. Com os meus amigos, quando eu estou no meu estado normal, eu procuro ter jeito pra falar. A não ser quando a pessoa já me deixou uma pilha de nervos, aí quando não adianta ter jeito, vai de qualquer jeito. Se aceitar, aceitou. Mas pra um amigo me deixar assim... É pq realmente passou dos limites da aceitação.

Pra mim, o que realmente importa, é ser honesto, pq a honestidade é princípio, vem antes dos atos. A sinceridade é característica (boa ou ruim) inerente. Então eu tento tomar o cuidado com a sinceridade, pq afinal, ela dói, ter jeito pra falar e não machucar as pessoas que eu gosto. Mas tem certos casos que só sendo grossa a pessoa entende, rs. Quando eu não curto a pessoa ou não a conheço, guardo a minha sinceridade pra mim.

Então pra quê criar tanto caso com as MINIMAS coisas!? Tem gente que adora fazer isso, não sei pq, mas deve ser pra comprovar que são as pessoas mais sinceras do mundo. (como já disse, não ter o controle faz com que a sinceridade se torne um defeito) Certas coisas podem ser resolvidas sem caso e quando houvesse realmente necessidade. Se te conhecerem bem, saberão da sua verdadeira essência, então não é preciso dizer por ai, ou arrumar briguinhas pra provar as coisas. Façamos um esforço para ser essência e não aparência.

O que é mais importante, ser autentico ou ser verdadeiro? Autenticidade é muito raro de se encontrar, pq sempre tem aquela pessoa que te inspira e que faz com você queira pra si o que você admirou em tal pessoa. Algo totalmente normal e saudável quando não você não quer ser a copiar, clone, tentar ser igual aquela pessoa que admira, e sim se inspirar nela e adaptar para a sua personalidade. Os autênticos simplesmente nascem e servem de inspiração. Acho admiráveis pessoas assim, mas pra mim, o que realmente importa é ser verdadeiro, consigo mesmo e com todos. Se aceitar, respeitar, corrigir e amar.

Às vezes confundem ser foda, com ser uma pessoa “temida”, uma pessoa cheia de atitude, entre muitas outras coisas nada fodas. Sim, ter atitude é ótimo. Mas nada em excesso faz bem, controle significa sabedoria. Às vezes aquela pessoa introspectiva, faz tanta força pra ficar sob os holofotes que perde a sua própria essência. Talvez se não forçasse tanto, chamaria atenção pelo que é. Querer ser admirado, querer ser uma influência para as pessoas, querer que a nossa estrela brilhe, todos nós no fundo queremos isso. Mas tem aqueles que não têm isso como prioridade, ou controlam pq sabem que o mundo não gira em torno do próprio umbigo. Alguns fazem força pra ter essa atenção com características que não tem, mas só pq está “na moda” ser alguém cheio de personalidade, esquentadinho e cheio de convicções.

O mundo já está impregnado de hipocrisia. Não seja hipócrita quando o assunto for você mesmo. Mas você que é assim, mas que se acha a pessoa mais sincera do mundo, julgando tudo e todos, não estaria vivendo uma contradição? Isso também não seria ser falso?

O difícil é admitir isso.

Em algumas situações temos que ser fortes, ou nos fingir de fortes pra suportar as pressões do dia a dia. E sim, em algumas situações somos “obrigados” a colocar “máscaras”, “armaduras” pra suportar essas pressões, tristezas e frustrações, fingir que está tudo bem quando não está. Você estaria se camuflando, então isso não seria algo verdadeiro, logo você seria uma pessoa falsa? Todos nós fazemos isso!

Todos acham o máximo ser sarcásticos né? Os “fodões sinceros” ou os “sinceros doa a quem doer” jamais poderiam aderir ao sarcasmo, pq sarcasmo significa uma ironia amarga, um modo de falar no qual o que se diz é o oposto do que se pensa. Mas todos nós somos sarcásticos.

Onde eu quero chegar com isso?

Não, não to dizendo que todos no universo são falsos. Só quero frisar o quanto é importante ter o autoconhecimento, cuidado com as palavras e cuidado quando for julgar as pessoas.

O que nos revolta tem que ser resolvido com diálogo, tem que ser exposto todos os pontos e temos que saber ouvir o outro e principalmente compreender. Se não acredita na pessoa, é melhor virar as costas e seguir seu caminho.

As palavras têm forças inimagináveis e precisam ser colocadas com cuidado. Tem que haver equilíbrio. Você não pode querer ser respeitado se não respeita as pessoas antes. Julgamos tudo e todos, e somos julgados a TODO momento. Acho extremamente baixo fazer propaganda boca a boca, ficar falando mal sobre uma pessoa, só pq se sentiu injustiçado. Desabafe de alguma maneira, nem que seja com um amigo de confiança, ou por um blog, como eu faço, quando vejo que não tem como resolver.

Já julguei sim, e ainda julgo, mas tenho todo o cuidado pra só desabafar com algum amigo de confiança o que me deixa p*. Nunca fui de sair falando mal das pessoas pro universo.

Já fui “vítima” disso algumas vezes. De alguém achar coisas de mim, e sair espalhando pra todos que sou falsa, que já fiz isso e aquilo, que eu não presto, por causa de um conflito que só diz respeito a mim e a outra pessoa, que era pra ser resolvido, comentado ou não resolvido apenas entre duas pessoas, as partes atuantes da história.

O julgamento está dentro de nós, você olha algo e automaticamente tem um julgamento bom o ruim na sua mente, mas ter o controle é preciso, para só os expor quando forem solicitados, caso contrário guarde-os pra você. Temos que saber o limite das coisas e ter bom senso né?

Acho que só devemos mover uma palha sem nenhuma solicitação quando é pra algo benigno, quando alguém querido precisa de ajuda, entre outros.

Mas hoje em dia o nível de maldade e egoísmo está tão grande, que por trás de boas intenções sempre tem algo para o próprio interesse. Às vezes por status: “Vou fazer aquilo por tal pessoa e vou espalhar meu feito aos 4 ventos pra ganhar fama, status e todos verem que sou prestativa e confiarem em mim como uma boa pessoa.” Às vezes para conseguir algo. Não só hoje, mas SEMPRE foi difícil achar atitudes 100% honestas, mas infelizmente a cada dia isso piora.

Lógico que fazemos sim, coisas admiráveis, boas e às vezes esquecemos de nós mesmos pelo outro. Em deixar de ir a um lugar importante quando alguém precisa de ajuda. Pagar as coisas pra outra pessoa e ficar sem dinheiro. Você ter ajudado em muitas coisas e não levar o mérito pra isso... Sim, nós fazemos isso e até muito mais. Mas até que ponto faríamos isso?

Até que ponto abriria mão da sua felicidade, da pouca felicidade que ainda se tem ao meio ao caos que se encontra a vida, por alguém?

Por favor, não me diga que você faria isso. Lembrando que você admitindo ou não, somos seres egoístas. E eu acho que ninguém abria mão da sua total felicidade, pra viver em um mundo escuro e triste por alguém. E em algumas situações você vai pensar na sua felicidade e bem estar, e se você jogar limpo com isso, não é uma maldade.

Depois de analisar todas essas coisas. Eu que sou conhecida por ser uma menina “extremamente extremista”, sei o quanto é importante ter equilíbrio... Equilíbrio das palavras, do julgamento e do auto julgamento. Pq não seremos sempre os mesmos, estamos em constante mudança. A Tássia de Janeiro mudou muito até hoje e assim vai... Eu acredito que a tendência é mudar positivamente, todos nós. Pq conforme o tempo passa, vamos amadurecemos, olhamos para trás e conseguimos ver os erros que não víamos antes.

Enfim, temos que ter o cuidado de falar sobre os outros e sobre nós mesmo. Pq como diz o velho ditado: Quem cospe para o alto, cai-lhe na cara.

O meio termo, não pra tudo, mas na maioria das questões é a melhor opção. Então cuidado quando sair difamado ou julgando alguém para todos que quiserem ouvir. Pq o que fazemos de “ruim” a alguém, volta para nós.

Eu sei que não é fácil. Somos seres humanos e acho que só as pessoas mais sábias conseguem controlar suas emoções quando algo lhe provoca raiva, repulsa e dor. Às vezes chega a tal ponto que se passa dias e dias, e não passa aquele sentimento ruim e você fica remoendo aquilo, pensando em devolver na mesma moeda, se vingar e fazer com que a pessoa se dê mal de alguma maneira... Mas por experiência própria eu digo: Não vale a pena.

Eu não sou vingativa, sempre fui de guardar mágoa, o que é muito pior e preciso trabalhar isso ainda. Mas algumas em algumas situações eu cheguei até cogitar a idéia de me vingar, mas pensava e pensava e nunca fazia. Eu só me vinguei uma vez na vida, e foi esse ano.. E vou dizer que não trouxe nada de bom e vantajoso pra mim, pelo contrário. Me arrependi horrores.

Admitindo ou não, somos PÉSSIMOS no quesito justiça. Não no sentido de não ter caráter e não ser justo, mas sim no sentido de levar em conta as emoções.

Se a pessoa se magoa fácil (como no meu caso) é pior ainda, pq vamos pensar que temos razão pelo simples fato de termos nos magoado.

Tem o egoísmo também, pq esperávamos algo e não foi retribuído... Nunca olhamos o outro lado por egoísmo também, pq achamos que as nossas “necessidades” são mais importantes e precisam ser supridas.

Esquecemos que as pessoas são diferentes, é uma outra mente, outra visão e ambas precisam ser respeitadas.

Mas quem não gosta de ter a razão, hein? rs.. Ai entra a falta de humildade, pq quando é comprovada a razão, parece que a pessoa sumiu em um pedestal, ou que lhe deram um chicote para dar as chibatadas em quem errou. (desculpe, não consegui achar nada melhor pra dar um exemplo, rs.)

Enfim, não somos justiceiros, nosso senso de justiça tem interferência devido a todos esses fatores (digo isso no sentido de um conflito direto entre você e outra pessoa, não no sentido de ser justo quando você está por fora analisando um conflito de outras pessoas, pq isso é outros 500).

Acho que a pessoa pra ter um bom senso de justiça tem que ter grande sabedoria, grande equilíbrio e grande experiência... Até dou um palpite de que conheço poucas pessoas com esse dom e que daqui a alguns anos adquirindo experiência vão se tonar grandes inspirações.

Acho que a minha pessoa não chega a tanto pq fica reprovada no fator equilíbrio e domínio das emoções, rs. Mas quem sabe com um esforço eu chego lá.

Discrição é importante pra felicidade. Saber o que falar, para quem falar, como falar, porque falar e se devo ou não falar. Como dizia Mário Quintana:

“Não te abras com teu amigo. Que ele um outro amigo tem. E o amigo do teu amigo, possui amigos também...”

Sejamos discretos, não falar detalhes da vida pessoal de ninguém e saber viver com as diferenças.

Alguns pontos desse post são mais para mim, do que pra qualquer estranho que possa ler isso daqui. Pra que quando eu ficar nervosa, ler isso daqui e me acalmar, antes que eu faça um post exalando toda a minha revolta com alguma coisa, rs.

Não sou santa, não sou pura, cometo erros como qualquer um. Sinto raiva, falo e faço coisas que magoam as pessoas. Mas nem nos meus momentos mais obscuros, gasto tempo e força pra fazer com quem se foda. Tosco é aquele que se exalta pelas suas características mais vis. Muito melhor parecer idiota do que a espertona, fodona e má.

O que é primordial, o que vem acima de autenticidade, personalidade e qualquer outra coisa é: fazer o bem e deixar um bom legado.

Isso que você acabou de ler, vai gerar um julgamento bom ou ruim na sua mente, mas cabe a você e a seu bom senso guardar pra si ou mostrar para todos sem solicitação o seu julgamento.