About Me

quarta-feira, 23 de março de 2011

Eu me apaixonei pela garota do campo (...) ela veio de um mundo inferior...

Conviver com pessoas tão diferentes é uma questão delicada. Observar coisas absurdas e repugnantes, que são tratadas com normalidade por todos ao redor é revoltante também. É muito complicado não ter a base que gostaria de ter. E não, eu não quero tudo de mão beijada.

Eu não sou ligada a família porque simplesmente eu não tenho uma de verdade...rs Uma canceriana sente falta disso..rs

Tudo meu é acelerado... E eu preciso me equilibrar pra não cair. Eles te empurram... e deixa você se foder sozinho. Ninguém vai correr do seu lado. Ninguém vai te incentivar. Ninguém vai te dar apoio... Ninguém verá o seu melhor... E, principalmente, ninguém vai te entender. Julgar as pessoas é muito conveniente e menos trabalhoso.

E quando você sabe que o maior sonho da sua vida é logo o mais difícil e o que está mais distante de alcançar? A gente vai caminhando da maneira que pode, desajeitada e sozinha, pra conseguir aos poucos as conquistas.

E não serei injusta... Aqui tem momentos bons. Momentos felizes, de verdade. Mas essa aqui não é a minha vida... E às vezes sinto um mal estar só por chegar em casa. É estranho.

Eu tenho bastante características de uma garota tipicamente do campo. Mas conheci muitas outras coisas, outras pessoas e outros lugares que me diferenciaram. Minha vivência me tornou diferente. Isso desde muito cedo... Meu mundo se ampliou com 13 anos, na verdade. O que me fez gostar de geografia foi, através de um atlas, a curiosidade despertada pra conhecer o que era o mundo. O que existia fora daqueles “muros” que me cercavam... Eu vivo como um peixe fora d’água há muito tempo.

O mais estranho é que quando tive essas experiências em outros lugares e outras pessoas, eu fiquei muito assustada e também bastante enojada com algumas coisas que encontrei. Conheci do lixo ao luxo... Esses dois me assustam... E o luxo é de uma arrogância tão besta que eles se engrandecem com coisas efêmeras. O que é, pra mim, um dos exemplos mais bizarros de burrice. O lixo me deixa com medo, pois não tenho esperteza suficiente pra vivê-lo sem me magoar, entende? Lembrando que lixo é só uma expressão... Nada do que eu vivi foi, de fato, um lixo.

Aí no final, eu me sinto perdida, pois não tem um lugar pra chamar de meu. Isso me lembra uma música do Maiden:

Don't wanna be here

Somewhere I'd rather be

But when I get there

I'm afraid it's not for me.”

E como outro trecho da música diz... Eu vou vivendo apreciando a simplicidade das coisas, apesar dessa problemática, aprendendo e sendo feliz. (Aliás, essa música é bem significativa pra mim).

Desculpe o post meio deprê, tá tudo bem. A gente se distrai e daqui a pouco o mal estar passa.

Eu tenho várias outras coisas pra escrever aqui... Sobre mim e sobre assuntos interessantes. Deu pra perceber que hoje não estou com cabeça pra tal, mas logo atualizarei. Não vou trancar esse blog, vou trancar o Dica da Ruiva, e ficar esse ano sem postar lá. Simplesmente esse ano será de extremo cansaço metal... E a única disposição pra escrever será pra desabafar (aqui) e pra viver o que sobrar da vida.

Minhas sagas, legados e babaquices (principalmente “amendobobices”) também serão registrados num besteirol chamado Twitter.

That’s all folks.


"É lá, junto das estrelas, onde moram nossos desejos..." (Rubem Alves)